quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Análise sintática e diagrama arbóreo - EXERCÍCIOS

Nas aulas subsequentes às aulas em que foram explanados os conceitos e métodos de análise sintática e da estrutura sintagmática do português, realizamos atividades referentes aos temas abordados, com o objetivo de compreender o conteúdo e sanar dúvidas.

É importante ressaltar que a análise sintática foi realizada por partes, de modo que o discente possa entender a função de cada elemento, e também saiba ensiná-la do mesmo modo aos seus alunos, com vistas a transmitir, de maneira correta, o conteúdo.

Abaixo, destacamos alguns exemplos:


1-  Minha avó caiu nas escadas.

Análise sintática

Período: simples
Sujeito:minha avó
Núcleo do sujeito: avó
Adjunto adnominal: minha
Predicado verbal: caiu nas escadas
Núcleo do predicado: caiu (intransitivo)
Adjunto adverbial: nas escadas
Núcleo: escadas
Adjunto adnominal: nas

Arbóreo                                                     

   /Minha avó/ caiu / nas escadas
            SN        SV            SP



2- Minha mãe deu uma boneca à minha irmã.

Análise sintática

Período: simples
Sujeito: minha mãe
Núcleo do sujeito: mãe
Adjunto adnominal: minha
Predicado verbal: deu uma boneca à minha irmã
Núcleo do predicado: deu (transitivo) N.P.D.I
Adjunto adverbial: uma boneca
Núcleo: boneca


Sistema arbóreo


/Minha mãe/ deu / uma boneca / à minha irmã/
        SN         SV            SN                    SP



3-  Os alunos leram os livros.

Análise sintática

Período: simples
Sujeito: os alunos
Núcleo do sujeito: alunos
Adjunto adnominal: os
Predicado verbal: leram os livros
Núcleo do predicado: leram (transitivo) N.P.I.
Adjunto verbal: os livros
Núcleo: livros
Adjunto adnominal: os

Sistema arbóreo 
  
 /Os alunos/ leram /os livros/
          SN        SV          SN



4- Meu mundo desabou.

Análise sintática

Período: simples
Sujeito: meu mundo
Núcleo do sujeito: mundo
Predicado verbal: desabou (intransitivo)


Sistema arbóreo


/Meu mundo/ desabou/.
        SN               SV



5- Minha tia fala alto.

Análise sintática

Período: simples
Sujeito: minha tia
Núcleo do sujeito: tia
Adjunto adnominal: minha
Predicado verbal: fala alto
Núcleo do predicado: fala (transitivo) V.T.
Adjunto adverbial de modo: alto


Sistema Arbóreo

Minha tia/ fala/ alto/
     SN        SV    (adv.)
                            MOD


6 - Ela fala muitas besteiras

Análise sintática

Período simples
Sujeito: Ela
Predicado verbal: fala besteiras
Núcleo do predicado: fala (VTD)
Objeto direto: muitas besteiras
Núcleo do objeto direto: besteiras


Sistema arbóreo 

/Ela / fala / muitas besteiras/
 SN     SV             SN 

O diagrama arbóreo - Aula do dia 04/09/2017

Na aula do dia 4 de setembro, foi abordado em sala de aula o diagrama arbóreo, o qual viabiliza um modo mais simples de analisar os elementos de uma oração. Os tipos de sintagmas dependem do núcleo que o constituem: entre eles estão o sintagma nominal, sintagma adjetival, sintagma verbal e o sintagma preposicional.


Sintagma nominal - É constituído de um nome e de seus respectivos determinantes. Geralmente é representado pelo sujeito como um nome (N) ou até mesmo um pronome (pro). Ele pode vir circundado por Determinante (Det) e/ou Modificador nominais (MOD).O Determinante (Det) pode ser um artigo, um pronome demonstrativo, possessivo, um numeral ou um pronome indefinido.

Sintagma verbal- O sintagma verbal é o eixo da informação, que é conhecido na gramatica tradicional como predicado, no qual o núcleo é o próprio verbo.

Sintagma adjetival- É aquele cujo o nucleo é o adjetivo e é também chamado de modificador nominal.

Sintagma adverbial - O núcleo do sintagma é uma advérbio, e assume a função de um adjunto adverbial.Ele tem o papel de modalizador e circunstancializador.

Sintagma preposicional - É uma estrutura que é introduzida por uma preposição, e pode servir de modificador de qualquer outro sintagma.


       
 Para melhor compreensão do conteúdo, foram apresentados exemplos em sala de aula. Abaixo há uma oração representada por meio do diagrama arbóreo onde o SN é modificado pelo SA.


Exemplo I:




         O SN pode ser modificado por ele mesmo, pelo SA (exemplo I) ou pelo SP. Além disso ele também pode ser apresentado como um sujeito oculto, ou seja, morfema zero(Ø), conforme exemplo II abaixo:


Exemplo II:




      Nestes casos é o SN é representado com o morfema zero. Podemos observar também na oração acima, que o SN pode estar dentro do SV (Sintagma Verbal) e, além disso, também é encontrado dentro de um SP (Sintagma Preposicionado), modificando o sintagma verbal.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Componentes da análise sintática - Aula do dia 28/08/2017

AULA: 28/08/2017


Nesta aula foram abordados componentes da análise sintática, explanando os conceitos de sujeito, complementos verbais e outros termos da oração. Utilizaremos os conceitos de Evanildo Bechara, contidos em sua Moderna Gramática Portuguesa, (38ª Edição. 2015).


Frase, são as vezes simples palavras, outras vezes uma reunião delas, que são transpostas à função do enunciado. Exemplo:

Depressa!
Que calor!


A oração se caracteriza por ter uma palavra fundamental que é o verbo, que reúne, na maioria das vezes, duas unidades significativas entre as quais se estabelece a relação predicativa - sujeito e predicado. Vejamos o exemplo:

Sujeito   Predicado
Pedro     Estuda
Pedro   não estuda


A oração possui alguns termos, dos quais são:  

ESSENCIAIS
INTEGRANTES
ACESSÓRIOS

Sujeito
Predicado
Complementos Verbais
Complemento Nominal
Adjunto Adnominal
Adjunto Adverbial



Sujeito - Segundo Bechara (2015, p.427) chama-se de sujeito à unidade ou sintagma nominal que estabelece uma relação predicativa com o núcleo verbal para constituir a oração.  
Predicado - O predicado está constituído por uma classe de palavra chamada verbo.  
Exemplo:

Eu estudo
Sujeito Predicado




Classificação do Sujeito
O sujeito das orações da língua portuguesa pode ser determinado ou indeterminado. Existem ainda as orações sem sujeito.


a) Simples
Apresenta apenas um núcleo ligado diretamente ao verbo.
Ex: A rua estava deserta.

b) Composto
Apresenta dois ou mais núcleos ligados diretamente ao verbo.

Ex: Tênis e natação são ótimos exercícios físicos.

c) Oculto
Ocorre quando o sujeito não está explicitamente representado na oração, mas  pode ser identificado.


Ex: Dispensamos todos os funcionários.

Indicado pela desinência verbal -mos, podemos identificar que o praticante da ação, ocultamente, fomos “nós”.

Nós dispensamos todos os funcionários.

Sujeito Indeterminado: é aquele que, embora existindo, não se pode determinar nem pelo contexto, nem pela terminação do verbo. Na língua portuguesa, há três maneiras diferentes de indeterminar o sujeito de uma oração:

a) Com verbo na 3ª pessoa do plural:
O verbo é colocado na terceira pessoa do plural, sem que se refira a nenhum termo identificado anteriormente (nem em outra oração):

Ex: Procuraram você por todos os lugares.
Ex: Estão pedindo seu documento na entrada da festa
.
b) Com verbo ativo  na 3ª  pessoa do singular, seguido do pronome se:
O verbo vem acompanhado do pronome se, que atua como índice de indeterminação do sujeito. Essa construção ocorre com verbos que não apresentam complemento direto (verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação). O verbo obrigatoriamente fica na terceira pessoa do singular.

Ex: Vive-se melhor no campo. (Verbo Intransitivo)
Ex: Precisa-se de técnicos em informática. (Verbo transitivo indireto)


Oração Sem Sujeito: é formada apenas pelo predicado e articula-se a partir de um verbo impessoal. Observe a estrutura destas orações:

Sujeito
Predicado
-
Havia formigas na casa.
-
Nevou muito este ano em Nova Iorque.
  É possível constatar que essas orações não têm sujeito. Constituem a enunciação pura e absoluta de um fato, através do predicado. O conteúdo verbal não é atribuído a nenhum ser, a mensagem centra-se no processo verbal. Os casos mais comuns de orações sem sujeito da língua portuguesa ocorrem com:


a) Verbos que exprimem fenômenos da natureza:

Nevar, chover, ventar, gear, trovejar, relampejar, amanhecer, anoitecer, etc.

Choveu muito no inverno passado.
Amanheceu antes do horário previsto.

b) Verbos ser, estar, fazer e haver, quando usados para indicar uma ideia de tempo ou fenômenos meteorológicos:

É noite. (Período do dia)
Eram duas horas da manhã. (Hora)

Estar:
Está tarde. (Tempo)
Está muito quente.(Temperatura)

Fazer:
Faz dois anos que não vejo meu pai. (Tempo decorrido)
Fez 39° C ontem. (Temperatura)

Haver:
Não a vejo há anos. (Tempo decorrido)
Havia muitos alunos naquela aula. (Verbo Haver significando existir)






PREDICAÇÃO VERBAL


Predicação verbal - Chama-se predicação verbal o resultado da ligação que se estabelece entre o sujeito e o verbo e entre os verbos e os complementos. Quanto à predicação, os verbos podem ser intransitivos, transitivos ou de ligação.

Verbo Intransitivo

É aquele que traz em si a ideia completa da ação, sem necessitar, portanto, de um outro termo para completar o seu sentido. Sua ação não transita.

EX: O avião caiu.


Verbo Transitivo
É o verbo que vem acompanhado por complemento: quem sente, sente algo; quem revela, revela algo a alguém. O sentido desse verbo transita, isto é, segue adiante, integrando-se aos complementos, para adquirir sentido completo. Veja:
S. Simples
Predicado
As crianças
precisam
de carinho.

1
2
1= Verbo Transitivo  
2= Complemento Verbal (Objeto)
O verbo transitivo pode ser:

Transitivo Direto: é quando o complemento vem ligado ao verbo diretamente, sem preposição obrigatória.

Nós
escutamos
nossa música favorita.

1

1= Verbo Transitivo Direto

b) Transitivo Indireto: é quando o complemento vem ligado ao verbo indiretamente, com preposição obrigatória.

Eu
gosto
de sorvete.

2

2 =  Verbo Transitivo Indireto
de: preposição


Verbo de Ligação
É aquele que, expressando estado, liga características ao sujeito, estabelecendo entre eles (sujeito e características) certos tipos de relações: ser, estar, parecer, ficar, permanecer e andar (no sentido de estar).



CLASSIFICAÇÃO DO PREDICADO



Para o estudo do predicado, é necessário verificar se seu núcleo significativo está num nome ou num verbo. Além disso, devemos considerar se as palavras que formam o predicado referem-se apenas ao verbo ou também ao sujeito da oração.

Nominal: Apresenta um nome (substantivo ou adjetivo) como núcleo.

Ex: Ambos pareciam confusos.

Verbal:  Apresenta um verbo como núcleo,  não tem predicativo e indica ação.

Ex: Confia em Deus
Verbo-nominal:  Apresenta dois núcleos: um verbo e um nome; tem predicativo do sujeito e do objeto; Indica ação e estado simultaneamente.

Ex: O soldado regressou ferido



Termos integrantes da oração:



COMPLEMENTO VERBAL:


Objeto Direto – é o complemento de um verbo transitivo direto. Liga-se ao verbo sem preposição. É um termo indispensável à compreensão global da ideia que o verbo não consegue transmitir.
Objeto Direto Preposicionado – é o complemento de um transitivo direto, introduzido por preposição facultativa.
Objeto Indireto – é o complemento de um verbo transitivo indireto. Liga-se ao verbo com o auxílio de preposição. É um termo indispensável à compreensão da ideia que o verbo não consegue transmitir.



COMPLEMENTO NOMINAL

É uma expressão preposicionada que completa o sentido do substantivo, adjetivo ou advérbio. Pode fazer parte tanto do sujeito, quanto de termos do Predicado.

Obs.: o complemento nominal completa o sentido de um nome que corresponde a um verbo Transitivo de radical semelhante.


Ex: Fui favorável ao réu.



ADJUNTO ADNOMINAL

É o termo que determina, especifica ou explica um substantivo. O adjunto adnominal possui função adjetiva na oração, a qual pode ser desempenhada por adjetivos, locuções adjetivas, artigos, pronomes adjetivos e numerais adjetivos.

“Choremos sobre o mundo mutilado” (Adjetivo)


ADJUNTO ADVERBIAL


É o termo da oração que indica uma circunstância (dando ideia de tempo, lugar, modo, causa, finalidade, etc.). O adjunto adverbial é o termo que modifica o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de um advérbio.


Ex: Eles se respeitam muito. (Intensidade)