Caro amigo interlocutor,
É um prazer e uma alegria estar com você!
Hoje quero abordar um assunto muito interessante e
importante, já tratado em uma postagem anterior: a semiótica. Antes,
porém, quero ressaltar que a semiótica é a ciência dos signos; ou seja, de
todas as formas de linguagem. Ou ainda: a ciência a qual estuda todas as formas de
comunicação pelo homem, em suas mais variadas formas (oral, escrita, gestual,
corporal, desenhada, etc).
Dessa forma, é possível reafirmar a importância do tema,
visto que por meio da semiótica encontramos maneiras de compreender o mundo.
Há algumas postagens, abordei a semiótica Greimasiana, de
linha francesa. E hoje, explanarei um pouco a respeito da Teoria da Semiótica
Peirceana. Charles Sanders Peirce (1839-1914) foi um filósofo, pedagogista,
cientista e matemático estadunidense, responsável por valiosas contribuições nessas áreas, bem como a semiótica.
Peirce auferiu, após anos de experiências, que os signos
(essência da semiótica) podem ser classificados como sendo triádicos, pois o processo de contexto dado aos fenômenos ocorre em três partes:
Primeiridade, Secundidade e Terceiridade.
Na primeiridade, estão presentes os fenômenos tênues, imediatos
e, portanto sensações quase que imperceptíveis. Trata-se do entendimento
superficial de algo. Por exemplo, quando vemos a bandeira na foto abaixo. Esta
imagem é uma representação de algo; traz a lembrança de algo.
Na secundidade, há a
percepção dos eventos exteriores, da matéria, da realidade concreta, na qual
estamos constantemente em interação. É a compreensão mais profunda dos
significados. Prosseguindo com o exemplo anterior, é a bandeira
em si, o próprio objeto material, pois foi utilizado para captar a imagem que o
representa
E na terceiridade, está presente o interpretante, aquilo que
foi criado na mente de quem vê o signo; é o significado daquilo que vemos.
Nesta etapa, atribuem-se relações contextuais e pragmáticas, de modo que para
cada indivíduo, o signo possui um significado diferente. No referido exemplo,
trata-se da imagem e lembrança criada na mente de quem vê o Pavilhão Nacional:
motivo de orgulho, alegria, ou vergonha, tristeza, etc.
Em suma, Peirce criou tal tríade, onde há a relação traçada
entre o signo consigo mesmo; a relação do signo com seu objeto imediato; e
deste para com o seu interpretante. Observe o esquema abaixo:
Dentro desta tricotomia, é importante destacar os três tipos
de signos. São estes:
Ex.: A fotografia de uma paisagem
A escultura de um homem
2) Índice:
indica algo que já aconteceu ou irá acontecer.
Ex.: onde há fumaça (indício causal), há fogo
(conclusão a partir do sinal visualizado)
Céu com nuvens carregadas (indicando que irá chover)
3) Símbolo:
envolve uma convenção social, por meio de uma denominação arbitrária entre o
signo e o objeto representado.
Ex.: Léxico
de uma língua
A cor preta como símbolo do luto
Caso queira, faça suas considerações pelos comentários.
Agradeço pela atenção!
Até a próxima! #ContextualizandoLP