sexta-feira, 6 de maio de 2016

Teoria da Semiótica Peirceana

Caro amigo interlocutor,

É um prazer e uma alegria estar com você!

Hoje quero abordar um assunto muito interessante e importante, já tratado em uma postagem anterior: a semiótica. Antes, porém, quero ressaltar que a semiótica é a ciência dos signos; ou seja, de todas as formas de linguagem. Ou ainda: a ciência a qual estuda todas as formas de comunicação pelo homem, em suas mais variadas formas (oral, escrita, gestual, corporal, desenhada, etc). 

Dessa forma, é possível reafirmar a importância do tema, visto que por meio da semiótica encontramos maneiras de compreender o mundo. 

Há algumas postagens, abordei a semiótica Greimasiana, de linha francesa. E hoje, explanarei um pouco a respeito da Teoria da Semiótica Peirceana. Charles Sanders Peirce (1839-1914) foi um filósofo, pedagogista, cientista e matemático estadunidense, responsável por valiosas contribuições nessas áreas, bem como a semiótica.

Peirce auferiu, após anos de experiências, que os signos (essência da semiótica) podem ser classificados como sendo triádicos, pois o processo de contexto dado aos fenômenos ocorre em três partes: Primeiridade, Secundidade e Terceiridade.

Na primeiridade, estão presentes os fenômenos tênues, imediatos e, portanto sensações quase que imperceptíveis. Trata-se do entendimento superficial de algo. Por exemplo, quando vemos a bandeira na foto abaixo. Esta imagem é uma representação de algo; traz a lembrança de algo.




Na secundidade, há a percepção dos eventos exteriores, da matéria, da realidade concreta, na qual estamos constantemente em interação. É a compreensão mais profunda dos significados. Prosseguindo com o exemplo anterior, é a bandeira em si, o próprio objeto material, pois foi utilizado para captar a imagem que o representa     



E na terceiridade, está presente o interpretante, aquilo que foi criado na mente de quem vê o signo; é o significado daquilo que vemos. Nesta etapa, atribuem-se relações contextuais e pragmáticas, de modo que para cada indivíduo, o signo possui um significado diferente. No referido exemplo, trata-se da imagem e lembrança criada na mente de quem vê o Pavilhão Nacional: motivo de orgulho, alegria, ou vergonha, tristeza, etc.



Em suma, Peirce criou tal tríade, onde há a relação traçada entre o signo consigo mesmo; a relação do signo com seu objeto imediato; e deste para com o seu interpretante. Observe o esquema abaixo:



Dentro desta tricotomia, é importante destacar os três tipos de signos. São estes:

                          1) Ícone: objeto que nos faz lembrar algo.


Ex.: A fotografia de uma paisagem
       A escultura de um homem
     

          2) Índice: indica algo que já aconteceu ou irá acontecer.

                Ex.: onde há fumaça (indício causal), há fogo (conclusão a partir do sinal visualizado)
Céu com nuvens carregadas (indicando que irá chover)
                        
      
               3) Símbolo: envolve uma convenção social, por meio de uma denominação arbitrária entre o signo e o objeto representado.

                Ex.: Léxico de uma língua

                     A cor preta como símbolo do luto

Caso queira, faça suas considerações pelos comentários.
Agradeço pela atenção!
Até a próxima! #ContextualizandoLP

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